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as mesmas vigas que nos separam são as mesmas vigas que nos sustentam

Ainda na ausência de álcool no dia anterior, se hoje é domingo, a ressaca nos visitará os pensamentos, mesmo naquele instante de um lado para outro na cama, conscientes de nossa existência, embora nossos olhos estejam fechados e talvez por isso, a mente encontra-se aberta ao infinito. A visão pode trazer limitação, pensei, enquanto reparava que enquanto não abrimos os olhos podemos fingir que ainda não fomos lançados ao mundo e aproveitamos aquele lapso temporal para passear em qualquer direção ao compasso do surgir de uma projeção qualquer. Em frações de segundo, eis aí uma cena e de repente, estava eu, de olhos fechados, passeando pela casa que habito desde o dia que vim ao mundo, até que cheguei à cozinha. Dei-me conta de vozes no mundo fático e captei o desespero de suas almas enquanto faziam qualquer coisa como lavar a louça, passar a manteiga ou comentar sobre o noticiário. A vida era sempre um convite para aquilo? Talvez não fosse melhor fingir que ainda durmo? As vozes reais

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